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quarta-feira, 21 de novembro de 2012


     Meus oito anos

                                                                                                           Casimiro de Abreu

Oh! que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
Que os anos não trazem mais! 
Que amor, que sonhos, que flores, 
Naquelas tardes fagueiras 
À sombra das bananeiras, 
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias 
Do despontar da existência! 
- Respira a alma inocência 
Como perfumes a flor; 
O mar - é lago sereno, 
O céu - um manto azulado, 
O mundo - um sonho dourado, 
A vida - um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida, 
Que noites de melodia 
Naquela doce alegria, 
Naquele ingênuo folgar! 
O céu bordado d'estrelas, 
A terra de aromas cheia 
As ondas beijando a areia 
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância! 
Oh! meu céu de primavera! 
Que doce a vida não era 
Nessa risonha manhã! 
Em vez das mágoas de agora, 
Eu tinha nessas delícias 
De minha mãe as carícias 
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas, 
Eu ia bem satisfeito, 
Da camisa aberta o peito, 
- Pés descalços, braços nus - 
Correndo pelas campinas 
A roda das cachoeiras, 
Atrás das asas ligeiras 
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos 
Ia colher as pitangas, 
Trepava a tirar as mangas, 
Brincava à beira do mar; 
Rezava às Ave-Marias, 
Achava o céu sempre lindo. 
Adormecia sorrindo 
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
Que os anos não trazem mais! 
- Que amor, que sonhos, que flores, 
Naquelas tardes fagueiras 
A sombra das bananeiras 
Debaixo dos laranjais!
 Um Filme de Carla Camurati; nos remete sobre A vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil.




                Marieta Severo - como a Infanta e mais tarde Rainha: Carlota Joaquina de Bourbon
                 Marcos Nanini - como Príncipe e mais tarde Rei: Dom João VI




foto: Sebastião Salgado


O DIA DA REFLEXÃO

 

Poucas vezes nos damos conta de que “criaram” um dia “especial” a todos que são, ou foram, discriminados, massacrados ou execrados.

Criaram o Dia da Mulher, para que os “bons homens” lucrem com a venda de seus produtos, ao mesmo tempo em que dormem tranquilos por terem criado um dia especial ao seu sexo oposto e, segundo sua visão, sexo frágil, por isso discriminado.

Criaram o Dia do Índio, para que os “bons colonizadores brancos” tenham a chance de se redimir diante de suas futuras gerações. Contam, aos seus filhos e netos, histórias e lendas maravilhosas de civilizações indígenas que eles próprios ajudaram e ainda ajudam a exterminar.

Criaram o Dia do Soldado, para que os “bons generais” durmam o sono dos justos sem o incômodo pesadelo de saber que milhões de soldados morrem em batalhas arquitetadas por eles.

Criaram o Dia do Trabalhador, para que os “bons patrões” demonstrem solidariedade e humanidade à todos que, por eles, são explorados.

Tentaram criar “o Dia do Negro”, mas, com muita sabedoria, os negros mudaram o nome para: Dia da Consciência Negra, ou seja, não é necessário criar “um dia” para tentar amenizar séculos de sofrimento e discriminação. Consciência é o atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade. É ter noção e senso de responsabilidade.

O dia em que todos os massacrados e discriminados se conscientizarem, não teremos mais o dia da mulher nem o dia do homem; Não teremos o dia do índio nem o dia do colonizador; o dia do soldado e o dia dos generais; o dia do trabalhador e o dia dos patrões. Teremos um único dia para refletir sobre massacre, discriminação e hipocrisia do ser humano.

Quem sabe, esse dia possa ser o Dia da Reflexão.

 

Texto: Gisele Carvalho

 20/11/2012


 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012



Quando se quer algo perfeito você cria rascunhos, você faz esboços. Você libera sua mente sobre uma folha de papel, e as mais imagináveis coisas vão tomando forma, mas sempre como rascunhos. Porém, eis que chega a hora de pegarmos nossos rascunhos, nossos esboços tão bem trabalhados e modelados em nossas mentes, e transporta-los para uma tela maior, mais abrangente, envolvendo pessoas e lugares, para que nossos rascunhos possam passar a ser algo palpável. Iniciamos nossos rascunhos, agora chegou a hora de fazer algo real deles. - Gustavo Gomes

Video Protesto




quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Um pouco mais sobre o surgimento do Criando Rascunhos....

 

Era uma vez, um grupo de alunos, mais conhecido como os “seis”: Maykon Lucas, Gustavo Gomes, Gustavo Luís, Fernanda Ribeiro, Jenifer Maria e Laís Souza.

Estudantes do 1º ano do Ensino Médio desestabilizavam-se diante de um problema  perturbador.

Precisavam divulgar seus projetos escolares e não sabiam como. Desesperados, procuravam soluções em livros, revistas, jornais e todo tipo de suporte para que a divulgação fosse realizada com sucesso. Mas nunca, em momento algum, os jovens pensaram no uso das novas tecnologias, fundamentais para a execução de qualquer projeto escolar.

Eis que, durante uma conversa informal, ouviram uma voz do além: “Criem um bloooooooooog".

Bloooooooooog? Indagavam os “seis”

Que diabos significava aquilo????

Claro que os meninos conheciam computador, internet , tinham tv a cabo em casa, cada um deles possuía dois celulares, ou melhor, smartphones.... mas o problema maior era o projeto escolar. E a preocupação era tão grande que os impedia de pensar. Não por falta de inteligência, afinal, eram  “os seis”, mas sim por causa do estado em que se encontravam, tão aflitos - como uma mariposa fugindo de um gato, cego.

A voz, doce e meiga, insistentemente ecoava na mente dos adolescentes: “Criem um bloooooooooog”.

Os jovens decidiram, então, seguir aquela voz misteriosa e pesquisar o significado da palavra blog.

É preciso dizer que a busca foi horrenda. Batiam de porta em porta, corriam atrás de qualquer outro adolescente, especialmente dos que tinham comportamento suspeito; aquelas pessoas peculiares ou excêntricas obcecadas com tecnologia, jogos eletrônicos ou coisas desse tipo.

Depois de muito sofrerem, encontraram a resposta que procuravam. Uma simples visita à sala do Acessa foi suficiente para eliminar a angústia dos “seis”.

Felizes e aliviados por terem conseguido o significado da palavra, os jovens eufóricos, comemoravam: Maykon Lucas apertava o “enter” freneticamente, Gustavo Gomes o “esc”, Fernanda Ribeiro chorava de tanto rir, Jenifer Maria e Laís Souza gritavam em coro “blogger, blogger” e Gustavo Luís fixava seus grandes olhos negros na tela reluzente, que parecia refletir a alegria incontida dos “seis”.

O intenso estado de alegria foi subitamente interrompido quando um dos “seis” silenciou-se e ao franzir a testa, balbuciou: “m...mas, e...e agora? Como criaremos o blog? Qual conteúdo? Como postaremos nossos projetos escolares?

E novamente, misteriosa, doce e meiga, surge a voz,  sábia, imensamente sábia: “Façam rascuuuuuuuuunhos”.

Imediatamente, os “seis”, iluminados pela reluzente tela, foram “criando rascunhos”.

::Bem Vindos::











OLá a todos sejam muito bem vindos ao CRIANDO RASCUNHOS, neste blog iremos dar continuidade para Jogos literários, RPG. projetos, e muito mais!. este espaço será dedicado inteiramente a escola EE. TARSILA DO AMARAL/OSASCO e iremos publicar sobre o patrimônio publico entre outros! até mais. ^^

atenciosamente: MaykonOliveira